Lilypie Third Birthday tickers
Lilypie First Birthday tickers


17 de junho de 2013

Adios.

Tenho andado a adiar o inevitável: vir cá escrever uma espécie de obituário. Talvez seja demasiado dramático dizer que este blog faleceu, até porque nunca se sabe quando voltará a emergir das profundezas. Digamos que estará num coma profundo durante alguns meses... ou até me apetecer. Na verdade, até que eu tenha mais alguma coisa para escrever aqui que não seja queixar-me da falta de tempo e assinalar os x meses ou os y anos dos meus filhos. É triste, mas ultimamente a vida não tem dado para mais. Devo ter as prioridades todas baralhadas, posto que já não sei o que estou a fazer errado e como poderei fazer melhor. E já estou um bocado farta de vir aqui encher chouriços, que ninguém merece e muito menos vocês, pessoas simpáticas que me têm acompanhado nos últimos 5 anos. Foi muito bom, pode ser que venha a ser ainda melhor, um dia. De resto, já sabem onde costumo estar, quase todos os dias.
Hasta.

23 de abril de 2013

...

Há bocado, enquanto preparava o meu rico café com leite e me punha a postos para mais um dia, lembrei-me. Hoje - ups! afinal foi ontem que hoje já são 23 - fez 4 anos que defendi a minha tese de licenciatura, terminei com 17 valores e encerrei um percurso de 5 anos. Passei a ser nutricionista, aquela que achava que seria a minha profissão para o resto da vida. 4 anos. E no entanto, o meu espanto não está no facto de já terem passado 4 anos, pelo contrário. passaram 4 anos? Como é possível a minha vida ter dado tantas cambalhotas e terem acontecido tantas coisas (boas!) em tão curto período de tempo? Entre elas a chegada de dois filhos lindos e a criação de um "negócio" próprio! Esta reflexão matinal deixou-me abismada.

12 de abril de 2013

O primeiro.

Cliquem na foto e participem no passatempo do primeiro aniversário! ;)
Se há um ano atrás me tivessem dito que as Mimices seriam o que são hoje eu teria soltado uma gargalhada. É por isso que às vezes ainda nem acredito muito bem em tudo o que aconteceu de há um ano para cá. Não somos milhares e milhares, mas somos tantos que às vezes sinto que já não dou conta do recado. Obrigada a quem, desse lado, tem gostado e apoiado este projecto. É com muito prazer que vos recebo neste bocadinho. Venha o segundo!

9 de abril de 2013

Brincar às escondidas.



Esconder-se debaixo da cama com as pernas de fora, atrás da cortina durante o dia, ou ainda, encostar-se a uma parede e tapar os olhos com as mãos, para a Matilde, é estar muito bem escondida :) Deve ser por esse motivo que quando está amuada ou a fazer alguma asneira, também gosta de ir para trás de umas cortinas quaisquer onde (acha ela) ninguém a vê.

5 de abril de 2013

Princesa.


Às vezes, quando sou eu a levá-la à escola e acordamos com mais tempo (ou seja, quase nunca), faço-lhe uma trança. Mas a primeira foi feita na escola há uns meses e o hábito mantém-se até hoje. Quase todos os dias, quando a vou buscar, traz os cabelos entrançados. Ontem vinha assim, com uma linda trança embutida (que eu nem sei fazer), já um bocadinho desfeita :) A coisa está cada vez mais profissional!

Quase.

2 de abril de 2013

Olá Primavera!





A minha orquídea está novamente a florir, embora o pé já esteja enorme e cheio de botões desde o ano passado. Ao que parece estou a cuidar dela suficientemente bem para que continue a dar flor, mas não o suficiente para que o processo seja rápido.
O "ramo" que é como quem diz "os jacintos" que o meu afilhado me ofereceu antecipadamente quando cá veio já floriram, já encheram a minha sala de perfume e já murcharam, embora aqui o cor-de-rosa ainda estivesse escondidinho. E a propósito de afilhados, na vossa terra os afilhados não têm o costume de ir levar um miminho aos padrinhos no Domingo que precede a Páscoa? É que os padrinhos dos nossos filhos que são de cá ficam sempre muito surpreendidos!
Quanto ao cacto... Vá, ao contrário do que aconteceu quando o meu falecido manjericão floriu, eu sabia que os cactos dão flor. Só não estava à espera que este cacto pequenino e aparentemente estático (mas não são todos?) me presenteasse com dois pés cheios de florinhas :) Ainda hoje o Bruno comentou que era mesmo estranho vê-lo assim. E é isto. Chegou finalmente a estação do ano que me deixa mais feliz, ainda que os dias continuem muito cinzentos por estes lados. Boa Primavera! :)

1 de abril de 2013

Acasos felizes.


Na semana em que emprestei a uma amiga o pin da grávida, que usei durante a gravidez do Gonçalo, uma outra amiga oferece-me este :) Fiquei deliciada!

(podem encomendar este ou outros pins à Ana! ;))

Procrastinação.


Levar meio ano para me decidir a fazer uma coisa que demorou 20 minutos.

23 de março de 2013

Dia do Pai

Para além da habitual prendinha que a Matilde fez na escola, o papá recebeu um presente feito pelos filhotes cá em casa. Aproveitámos uma ideia que um amigo nos mostrou e fizemos um "trabalho" como lhe chama a Matilde. Escusado será dizer que, no dia em que o fizemos, assim que o pai entrou em casa, a Matilde se desbroncou toda: "Nós estivemos a fazer um trabalho com 'pintas' nos pés e tio Vasco segurou nos pés do mano!" lol



3 anos


A princesa cá de casa completou 3 anos na passada 2ª feira :) À medida que o tempo passa deixamos de ligar ao nosso aniversário e quando chegam os filhos passamos a aguardar o aniversário deles com um friozinho na barriga, de tão importante que é o dia e querendo que tudo corra na perfeição, cheio de momentos bons para ela :) Pelo menos é o que acontece comigo.
E foi um dia bom. Foi à escola como habitualmente, vaidosa com a sua coroa na cabeça e a malinha de pinturas que lhe fiz (ainda não consegui tirar uma fotografia decente) ao ombro. À hora do lanche fomos cantar-lhe os Parabéns com os amiguinhos, demos um passeio no parque e à noitinha houve bolinho outra vez (feito pelo papá!) e muitos mimos e presentes.


 

Embora ache que, com a chegada do mano, "recuou" um bocadinho no seu desenvolvimento (o que acho normal), a verdade é que está uma crescida. Fala imenso, percebe tudo e tem raciocínios que às vezes nos surpreendem e fazem rir. Mas também tem um feitiozinho danado. Os terrible two já se estavam a desvanecer, mas desde que o Gonçalo nasceu tem sido um pesadelo. Ultimamente então, com o cansaço acumulado, dou por mim a perder a cabeça mais vezes do que gostaria. Mas depois também é o cúmulo da meiguice. Seja comigo, com o pai, com o mano ou com todos os que gosta e diz-nos imensas vezes "gosto muito de ti" sem que lhe seja preciso pedir. Anteontem, enquanto a deitava, fez-me festinhas e disse-me "és muito fofinha" e há alguns dias enquanto lhe dava o jantar, depois de um dia mau e algumas birras, quando me viu com as lágrimas nos olhos esticou os braços e pôs as mãozinhas carinhosamente na minha cara: "Ponto, num é pexiso chorar! Dá cá um abaxo que já passou..." São momentos como este que fazem valer a pena todos os dias cinzentos.

Parabéns filhinha! :)

14 de março de 2013

Cola, papel e tesoura.

Não é que tenha grande experiência nestas coisas das colagens, mas assim que vi este conjunto no Ikea por 1,50€ não resisti a trazer um para casa, que ficou guardado durante alguns meses. Entretanto, quando escolhemos os padrinhos do Gonçalo, lembrei-me dos tempos de faculdade e de praxe em que, depois de escolher o nosso padrinho ou madrinha académica, tínhamos que lhe escrever uma carta com o pedido. Recordo-me que fiz uma coisa toda xpto, cheia de recortes e colagens que a minha madrinha gostou muito e da qual, com muita pena minha, não tenho fotografias (bom, mesmo que tivesse suponho que as teria perdido juntamente com o disco rígido - que continha toda a minha vida até 2012 - que o Bruno fez o favor de perder, mas não queremos que eu comece para aqui a chorar). Vai daí, lembrei-me de fazer uma coisa gira, para o Gonçalo oferecer aos padrinhos :) Fiquei foi com pena de já não encontrar estes furadores para fazer algumas experiências, mas ficaram mimosos à mesma e os destinatários gostaram!



No fim de semana passado tivemos cá o meu pai, a esposa e os meus irmãos. Às vezes ainda me soa estranho dizer irmãos, uma vez que o meu irmão mais novo e afilhado é apenas 9 meses mais velho que a minha filha :) Foi a primeira vez que todos eles viram (e pegaram) o Gonçalo e a oportunidade perfeita para convidar o meu irmão Vasco para ser o padrinho do sobrinho!

9 de março de 2013

1 mês já lá vai!


E nós nem demos pelo tempo passar :) Enche-me de baba, este meu bonequinho!

8 de março de 2013

Filhos.


Como dizia há dias uma amiga: "no plural fica tão bem!" :)

3 de março de 2013

(Des)aprender.

"Os filhos deviam vir com manual de instruções" - disse-me o meu pai inúmeras vezes e eu, agora, concordo. Acontece que não vêm e se a experiência dos outros pode ser útil em alguns casos, noutros de pouco ou nada me serve. Cada criança é um caso e temos que fazer o que nos manda o coração, em cada um deles, por pouco adequado que às vezes possa parecer.
A Matilde largou a chucha pouco depois de fazer dois anos. Proporcionou-se assim e nós aproveitámos. Ela tinha ido passar a noite a casa da avó e, por esquecimento nosso, quando chegou a hora de dormir não havia chucha. A minha sogra inventou uma história qualquer, sobre um rato que tinha comido a chucha dela e ela adormeceu sem dramas. Chegada a casa, quisemos aproveitar a deixa. Guardámos todas as chuchas e dissemos-lhe o mesmo: "o rato maroto comeu a tua chucha!". Não chorou, não fez birras. Nas primeiras noites repetiu o mantra "o rato comeu a minha chucha, oh... que chatice!" vezes sem conta até adormecer e depois passou. MAS, passados dois meses, descobriu o dedo. Começou sem darmos conta e quando estava com sono ou depois de chorar, lá ia o dedo parar à boca (a técnica de trocar a chucha ou o dedo por um "amiguinho" estava fora de questão porque ela já usava um "amiguinho" desde que nasceu). Começou a adormecer sempre assim e pronto, instalou-se o vício. Não chuchava durante o dia, a não ser que estivesse mais "carente", mas mesmo assim começámos a notar que estava a acontecer o que já tinha lido: os dentinhos de cima estavam a vir para fora e os de baixo a ir para dentro. A distancia entre os dentes de cima e os de baixo está bastante maior que há vários meses atrás.
Tentámos fazer com que deixasse de chuchar com os argumentos habituais: "estás a ficar crescida, quem chucha no dedo são os bebés", "olha aqui, estás a ficar com os dentinhos todos tortos", "estás a ficar com dói-dói no dedo, não podes chuchar" e até apelámos ao lado vaidoso dela "assim não podes pintar as unhas, porque chuchas no dedo e ficam todas estragadas!", mas nada resultou.
Até que uma noite, depois de lhe lavar os dentes e voltar a reparar nos dentinhos dela, cedi: "Se a mamã te der uma chucha, prometes que não chuchas mais no dedo?" Os olhinhos dela até brilharam e respondeu-me: "Sim." Fui buscar uma chucha, dei-lha e até fiquei com o coração apertadinho, ao ver a ansiedade com que ela pegou nela e a meteu à boca. Deu meia volta e foi-se enfiar na cama, a segurar na chucha com as duas mãos. Combinámos que a chucha era SÓ para dormir, que não sairia do quarto e que, para falar, se tira a chucha da boca. Quando lhe dei um beijinho de boa noite, tirou a chucha: "Gosto MUITO de ti, mamã!" mesmo em tom de quem diz "Obrigada!".


Não sei se o que fiz foi correcto ou não. Quando perguntei à médica se achava que lhe deveria voltar a dar a chucha a resposta foi curta: "não". Talvez tenha sido "andar para trás" e sinto-me um bocado culpada por isso. Quando outras pessoas reparam que ela voltou a usar a chucha de noite desfaço-me em 1001 justificações. Mas fiz o que o coração mandou. Nunca mais voltou a chuchar no dedo enquanto está connosco (na escola parece que o faz um bocadinho, para dormir a sesta) e, se nos primeiros dias fez algumas birras porque queria andar com ela durante o dia, tais eram as saudades, agora já está bem claro que a chucha é para dormir. Tanto que quando tem sono, em vez de se encostar a chuchar no dedo como fazia, diz-nos que quer ir para a cama dormir e pôr a chucha. Honestamente, prefiro que ela chuche de noite na chucha, que várias vezes ao dia, no dedo. Quero acreditar que quando chegar a hora ela vai deixar de a querer, sem que para isso compense com o dedo... a ver vamos! :)

Se eu já tinha vontade de experimentar fazer velas...


...agora fiquei com mais. Ai, tão giras!
Daqui.

2 de março de 2013

Bolinhos de Canela


Piscaram-me o olho assim que os vi no blogue da Dona Ju e decidi logo por a receita à prova. Ficaram mesmo gostosos e são tão fáceis e rápidos de fazer que me parece que vão passar a acompanhar os chás e cafezinhos com amigos cá em casa!
Numa taça misturam-se 1 ovo, 100g de açúcar, 125 de manteiga e 300g de farinha, até formar uma massa*. Depois fazem-se (+/- 35) bolinhas do tamanho de uma noz (depois aumentam de tamanho), rolam-se numa tacinha com canela e vai ao forno num tabuleiro forrado com papel vegetal por 25min. Et voilà!

*como não tinha manteiga suficiente, substituí cerca de metade por manteiga magra e como a manteiga normal acabada de sair do frigorífico estava muito rija, misturei os ingredientes com a bimby, um bocadinho no programa das massas e depois experimentei mais um pouco em colher inversa, a 37º, para ajudar a derreter - ficou impecável!

Receita original do blogue As Minhas Receitas

1 de março de 2013

Cenas cá de casa.

Entro na sala e encontro o Bruno a gesticular muito, visivelmente chateado, enquanto se levanta do sofá:
- Fogo, Débora!!! Quantas vezes já te disse para teres mais cuidado??
De seguida vira-se e descubro o motivo de tanto mau-humor repentino: uma agulha espetada no rabo :) Não consegui parar de me rir!

25 de fevereiro de 2013

Dos filhos.

Às vezes fico a pensar se não me faltará, de facto, algum parafuso. Pergunto-me porque raio penso e desejo tão diferente da maior parte das pessoas da minha idade. Porque me sinto e sou capaz de abdicar da roupa, das viagens, do cinema, dos jantares, do tempo para mim, para ler, para ter as unhas arranjadinhas e de 1001 outras coisas, para poder ter filhos. De facto, à primeira vista faz todo o sentido que a maior parte das pessoas decida adiar esse momento o máximo de tempo possível. Até há 4 meses atrás, éramos os únicos pais no nosso grupo de amigos. A maior parte deles não pretende ter filhos nos próximos anos e alguns não sabem sequer se algum dia os terão. Nós, com 27 e 28 anos, já contamos dois filhos muito desejados e, pasmem, estamos felizes. Temos medo, é um facto. Aliás, da forma como as coisas estão, não há como não ter medo. Não sabemos o dia de amanhã e trememos, não por nós, mas ao pensar que um dia pode faltar-nos o básico para lhes dar. E não estamos propriamente rodeados de pessoas positivas... se quando tivemos o primeiro a maioria das reacções foi de surpresa e alegria, ao segundo já tivemos direito a alguns olhares recriminatórios de quem acha que já estamos a ser um bocadinho irresponsáveis. Mas seria mais correcto viver a vida inteira sem ir atrás dos nossos sonhos, por medo de tudo o que pode correr mal? Seria mais correcto fazer como a minha mãe que esperou 13 anos pelo "momento certo" para ter o segundo filho e que agora se arrepende de ter esperado tanto tempo? O meu coração responde "não" a estas perguntas, mas não consegue deixar de ficar apertadinho, por aquilo que é considerado aceitável e sensato aos olhos dos outros.

Tudo isto para dizer que gostei deste texto que saiu ontem na revista Domingo. "Constituir família é a suprema rebeldia” - é que é mesmo isto.

22 de fevereiro de 2013

Das hormonas.

Antes que as hormonas da gravidez se evaporem e eu venha para aqui dizer mal da minha vida, não posso deixar de partilhar que isto de estar grávida é mesmo fixe. Não reparei nestas coisas na gravidez da Matilde, mas o facto de ter lido algures (provavelmente num sítio pouco fidedigno) que as mulheres grávidas de rapazes podem ter que fazer a depilação mais vezes devido à testosterona, deve ter-me deixado mais alerta. Pois bem pessoas, devo dizer-vos que não faço a depilação nas pernas há MESES. Para ser honesta, nem me lembro quando foi a última vez, mas deve ter sido aí em Setembro/Outubro do ano passado, com lâmina. E para as mais cépticas que estão já a pensar "ui, deves estar linda, deves!" até me dei ao trabalho de fotografar as minhas pernocas para vos mostrar.


Para além da questão da depilação (que notei nas pernas e nas restantes partes do corpo), é de notar o cabelo que quase não cai (lavo a cabeça e penteio-me sem perder um único cabelinho), as unhas fortes e a pele com um aspecto que nunca teve. Até desodorizante deixei de usar nos últimos meses! Não é fascinante? Dá vontade de estar sempre grávida! :) Até acaba por ser intrigante, se pensarmos em termos "animais". Porque será que ficamos tão "bonitas"? Se já estamos a gerar uma "cria" não é suposto atrairmos o sexo oposto, ou é? Mais compreensível seria se estas alterações hormonais se dessem durante a ovulação! Mas isto já sou eu a divagar... Por isso já sabem, toca a fazer bebés que isto são só vantagens! ;)

21 de fevereiro de 2013

:)


Às vezes gostava de saber onde é que as pessoas vão buscar ideias tão giras e originais!

20 de fevereiro de 2013

Balanças.


Ontem, 12 dias depois de sair da maternidade, o catraio já contava com mais 440g (será que desta vez chegamos a bom porto?). Quanto a mim, dos 14kg que aumentei nesta segunda gravidez (céus!), já só falta despachar pouco mais que 5. O que não deixa de ser impressionante, visto que tenho comido que nem um alarve! :) A ver se me ponho fina a tempo do Verão, que as minhas calças de ganga têm saudades minhas ;)

Tahiti


Trouxe-mo o meu sogro da Bélgica, de uma das últimas vezes que cá esteve. Eu, que gosto de tudo o que saiba e cheire a côco, estou tão fã que até acho que tenho saído mais lavadinha da banheira, de tanto me ensaboar :)

17 de fevereiro de 2013

Mimos



Depois de alguns anos a ser constantemente internada com infecções hepáticas graves, a minha mãe tem andado bastante bem desde que foi transplantada. No entanto, na semana em que o Gonçalo nasceu ficou doente com uma pielonefrite (infecção renal). Medicada, veio do Porto para conhecer o neto, mas o antibiótico receitado não fez efeito e acabou por ter que ser internada cá, na passada quinta-feira. Achava eu que poderia fazer-lhe mais companhia estando aqui pertinho e não a 300km de distância, mas com um filho recém-nascido tem sido difícil... Ontem deixei o pai a controlar a situação, assim que chegou do trabalho, e lá consegui dar um saltinho ao Hospital. Fiz-lhe estes coquinhos que sei que ela gosta (e eu também!) e que ficaram muito bons. Deixo-vos aqui a receita, não há coisa mais simples e ficam deliciosos com o travozinho ácido do limão!

200g de coco ralado
180g de açúcar
4 ovos
2 c. sopa de manteiga derretida
2 c. sopa de sumo de limão
4 c. sopa de leite

Misturar tudo muito bem com a batedeira, distribuir o preparado por forminhas (eu usei das grandes, deu para 16, uma colher de sopa em cada uma) e levar ao forno pré-aquecido a 180º, por cerca de 30min ou até ficarem douradinhos.

Brinquedos que fazem sucesso por cá (2).




Livros de autocolantes. Podem ser para aprender palavras novas, para pintar ou com jogos variados: são entretenimento garantido. Alguns foram oferecidos por amigos (são tão mimadinhos, os nossos filhos :)), outros (como estes) vieram de casa da minha mãe e eram do meu irmão que nunca os chegou a usar, e outros ainda fomos nós que comprámos (ainda ontem lhe trouxe um do LIDL com jogos e centenas de autocolantes, por 1,99€). Às vezes brinco com ela, outras vezes passa grandes bocados a brincar e a falar sozinha "onde é este? hum? é aqui!". Dá gosto ver como é tão perfeccionista e como fica tudo muito bem coladinho :)

14 de fevereiro de 2013

E foi assim!

AVISO: Post loooongo e não aconselhável a mamãs à espera do primeiro bebé ;)

O parto deste 2º bebé foi tudo aquilo que eu não estava à espera. Não o imaginei melhor nem pior, simplesmente diferente. Na verdade, tinha apenas um desejo: não estar no hospital quando tudo começasse. Apesar das dores e do cansaço, estava disposta a esperar que fosse o Gonçalo a decidir nascer. Imaginei que, nessa altura, ficaria sossegada em casa até achar que era realmente hora de ir para o hospital e que lá tudo se passaria bastante depressa. Mas nestas coisas nós pouco mandamos e tudo acabou por ser diferente.

No dia 4 de Fevereiro tivemos a que seria a última consulta no Centro de Saúde, com a nossa médica de família. O Bruno nem sequer era para ter ido comigo, mas nesse dia chegou bastante cedo a casa e fomos os 3. Quando chegou a hora de ouvir o coração do Gonçalo, percebi que algo não estava bem e a cara da médica mostrou isso mesmo. Os batimentos estavam completamente descompassados, pareciam aos soluços e fomos imediatamente recambiados para a urgência do hospital. Deixámos a Matilde com o padrinho, fomos buscar a mala just in case e seguimos. Não sei explicar muito bem o que estava a sentir. Depois de duas gravidezes sem qualquer incidente que fosse, sem qualquer motivo de preocupação, parecia que estava a ver a cena de fora e que não estava a acontecer comigo.

Quando finalmente fui atendida e examinada, tudo parecia estar bem e o coração dele batia normalmente, mas quando me ligaram ao CTG perceberam que os batimentos estavam realmente alterados (embora ficassem normais consoante a posição em que eu estava) e que eu estava já com contracções regulares, embora sem quaisquer dores. Estive ligada cerca de uma hora até que fui novamente examinada e o médico achou que a coisa se daria durante a madrugada, que o melhor era nem me ir embora. Ainda tentei argumentar, disse que voltava passadas umas horas, que não valia a pena ficar já internada, mas perante o peremptório "não quer ficar não fica, eu dou-lhe alta e volta quando quiser" e o olhar receoso da enfermeira ao meu lado como quem diz "não faça isso", contrariada, fiquei. Naquele momento percebi se seguia a única coisa que eu não queria que acontecesse: ia ficar amarrada a uma cama, ligada ao CTG e ao soro, sem poder comer nem beber, à espera. Passei a noite inteira assim, a virar-me de um lado para o outro em busca da melhor posição para ouvir correctamente os batimentos cardíacos do Gonçalo, cheia de fome e sede, frustrada e revoltada por tudo ter saído ao contrário do que eu tinha imaginado. Segundo o que me disseram, estava com quase 4 dedos de dilatação o que me dava alguma esperança de que a coisa se desenrolasse rapidamente, mas quando pela manhã o cenário permanecia inalterado comecei a ficar desesperada. A hipótese de cesariana estava inclusive em cima da mesa, caso os batimentos cardíacos dele não normalizassem e quando as duas senhoras que estavam comigo na sala de dilatação (uma já lá estava e outra tinha chegado entretanto) foram ter os seus bebés e os ouvi chorar correram-me as lágrimas pela cara abaixo, por ainda ali estar. Parece parvo, porque eu nem sequer tinha dores, mas isso ainda me angustiava mais porque só significava que ainda nem tinha começado e eu já ali estava há tantas horas.

Finalmente, a meio da manhã, os batimentos cardíacos do Gonçalo normalizaram e voltaram a acrescentar ao soro a oxitocina, que tinham parado durante a noite. Passado algum tempo fizeram a ruptura de membranas e quando cheguei aos 5 dedos de dilatação a enfermeira disse-me que avisasse quando e se quisesse a epidural. Eu ainda estava bem e as contracções eram suportáveis. Ao 297686563º toque, o espanto: afinal o colo não estava nada apagado - pararam a oxitocina e deram-me 1/4 de comprido para dissolver na boca. Depois disto, foi tudo muito rápido: as contrações começaram finalmente a apertar e chegaram as dores - entrávamos em acção. Yes! É claro que este "yes!" rapidamente passou a um "oh, f***, não acredito que me esqueci como isto era!!" :)
Pude levantar-me (vá lá) embora sempre ligada ao CTG e usar a bola (que alívio!!) que permitiu que o Gonçalo se encaixasse melhor. A dada altura as dores ficaram cada vez mais fortes, pedi a anestesia, mas tive que esperar o que me pareceu uma eternidade para que o colo do útero finalmente ficasse apagado e para que a anestesia não parasse o processo. Cada contracção era mais dolorosa e prolongada que a anterior... eu só pensava que não aguentava mais nenhuma, mas a verdade é que aguentamos!
Quando finalmente chegou a anestesista estava com 6 (sete?) dedos de dilatação (um déjà vu!) e eu já sentia uma pressão enorme, mas calei-me caladinha. Ao contrário do que aconteceu no parto da Matilde, não cheguei a ficar sem dores e a ter uns momentos de descanso... a anestesia aliviou um bocadinho mas a dor nas costas era constante e só acalmava ligeiramente quando o Bruno (que esteve sempre comigo tirando da meia-noite às 7h da manhã) fazia muita, MUITA força nessa zona. Não deve ter passado meia hora e comecei a ter vontade de fazer força - estava na hora de passar para a sala de partos.

Lá, a primeira coisa que me disseram para fazer antes de subir para a marquesa foi colocar-me de cócoras e puxar com muita força na próxima contração. Assim que o fiz, senti nitidamente o Gonçalo a descer e a cabeça a querer sair, um ardor imenso e o pânico tomou conta de mim. Lembro de dizer (gritar?), feita parva "é a cabeça, é a cabeça!" e de pensar "não, esqueçam, pára tudo, não quero, vou-me embora!!". Lol.
Deitei-me na marquesa, levantaram as grades laterais e só tive tempo de me agarrar e ouvir ao longe algumas instruções da enfermeira - outra contracção. Ainda eu me estava a preparar para mais uma, quando senti a enfermeira rodear com os dedos a cabeça do Gonçalo para permitir que ele saísse mais facilmente. As dores foram tantas que não consegui evitar um grande grito (o Bruno tem um bocadinho de filme desta parte, tenho pena que não tenha filmado tudo!) e de pensar de seguida "não vou ficar aqui no vai não vai, é agora ou nunca!". Sabia que era uma questão de segundos e que assim que ele saísse tudo terminava, por isso investi toda a força que tinha e puxei, muito muito! Ouvi a enfermeira dizer "força, é isso mesmo, boa!" o que ainda me deu mais ganas de terminar tudo de uma vez. Senti a cabeça sair, e passados alguns segundos o corpinho dele estava todo cá fora :))) Só não me apercebi que entre a cabeça e o resto fechei as pernas!!! Ups! Na verdade, tirando estes pensamentos que me iam assaltando a mente, não me lembro de grande parte do que aconteceu... estava a modos que num transe! :)

Nasceu às 14h39 do dia 5 de Fevereiro de 2013. O pai pediu para cortar o cordão umbilical (à semelhança do que aconteceu com a irmã) e o meu bebé lindo estava finalmente em cima de mim e tudo tinha terminado! Chorou só depois de um beliscão que lhe deram, enquanto a enfermeira dizia "vá, ralha com a tua mãe, que fechou as pernas e não te deixou sair!". Depois foi para a salinha do lado onde o limparam, examinaram e pesaram (Apgar 10/10, 3385g e 51cm de gente!) e o pai vestiu-lhe a sua primeira roupinha.
Ainda na sala de partos, logo depois de a enfermeira retirar a placenta e os restos que ainda estavam dentro do útero (e de me mostrar, já que não tinha visto no nascimento da Matilde e tinha ficado curiosa), comecei a pensar no que se seguiria e perguntei-lhe se o "estrago" tinha sido muito grande. A resposta dela foi a cereja no topo do bolo: "não precisa de pontos nenhuns". :)) Depois do pós-parto da Matilde, que me custou tanto durante semanas (tanto que disse várias vezes que preferia parir outra vez!), nem queria acreditar que à segunda não teria que passar por nada disso. Ainda lhe perguntei umas duas ou três vezes se ela tinha a certeza! :)
Todos foram tremendamente atenciosos desde que fui atendida até que tivemos os dois alta e fui, sem dúvida alguma, bem melhor tratada do que na MAC. Até pode ter a ver com o facto de agora o Hospital de VFX ser gerido por uma entidade privada, mas acho que não. Se eu soubesse o que sei hoje, tinha tido lá a minha filha também!

O Bruno diz que, aos olhos dele, este 2º parto custou mais e foi mais doloroso (é possível, mas eu não consigo vê-los com clareza). A verdade é que este pós-parto compensou (e está a compensar) tudo o que possa ter ficado aquém do que eu tinha imaginado. Pude desfrutar ao máximo o meu bebé desde o primeiro dia, sem ter dores para fazer tudo e mais alguma coisa... E desde o 3º ou 4º dia que a hemorragia ficou bem ligeira, ao ponto de ser possível andar apenas com um pensinho diário. É uma diferença tão abismal, que o meu desejo é que todas as mamãs pudessem ter esta oportunidade!


E foi assim :)

12 de fevereiro de 2013

O tal amor, que se multiplica.



Às vésperas de o Gonçalo nascer sentia o coração apertadinho, num misto de ansiedade por o ter nos braços e de culpa e receio por estar prestes a chegar um bebé que iria "roubar" parte da atenção que até então tinha sido toda para a irmã.
Logo depois de ele nascer, foram algumas horas de grande ansiedade à espera que ela chegasse com o pai, para ver a reacção quando visse o mano pela primeira vez. Foi exactamente o que eu estava à espera: a um momento inicial de vergonha e "encolhimento" no colo do pai perante o novo elemento, seguiram-se vários momentos de beijinhos, festinhas e "gosto dele!". Está constantemente de roda do mano, a ver o que se passa e a enchê-lo de beijos.
Apesar de saber que um irmão só tornará a vida dela mais rica, às vezes ainda me assalta a culpa, quando quero estar com os dois ao mesmo tempo e não posso... Mas as palavras deste livro não podiam explicar melhor o que sinto: o coração cheio de amor! É incrível como pode haver tanto amor cá dentro e gostar tanto de duas pessoas pequeninas ao mesmo tempo. Estou a cada dia mais apaixonada pelos meus bebés! :)

6 de fevereiro de 2013

Cheguei! :)



Peso 3,385kg, meço 51cm e sou um giraço como a minha irmã!

4 de fevereiro de 2013

Ufa!

O Gonçalo podia ter chegado antes do previsto e cheguei a acreditar que sim, mas afinal estava enganada... e ainda bem! Depois de algumas semanas de pânico, com a roupinha dele toda por lavar e passar, com dias de chuva que dificultavam a tarefa e 1001 outras coisas para pensar e preparar... acabou por correr tudo melhor que a encomenda :) As malas estão feitas, o quarto preparado e as coisinhas que queria fazer para completar o enxoval dele estão prontas. E ainda tive tempo para fotografar tudo para a posteridade, antes que fiquem tudo cheio de nódoas de bolçado :) Enquanto seleccionava as fotografias para colocar por aqui, percebi que fiz realmente MUITA coisa... não admira que um destes dias o Bruno, quando me sentei no sofá ao pé dele, exausta e com mais uma peça terminada na mão, me tenha perguntado: "mas tu não vais parar nunca?".
Pronto, parei! (pelo menos por agora, acho que não me estou a esquecer de nada!...) E estou contente com o resultado! Para além do prazer que foi costurar coisas que sei que serão para o Gonçalo usar, soube muito bem poder sair do modo "encomendas" e voltar a escolher tecidos e padrões ao meu gosto, sem estar limitada a este ou aquele pedido. A parte mais difícil foi conter-me, que ainda ficaram ali uns quantos tecidinhos a chamar por mim! ;) Se dizem que os primeiros filhos são mais fotografados, mais mimados e privilegiados em muitas coisas, no que toca a peças feitas pela mãe cá em casa acontece o contrário. É que, à excepção de um quadro em ponto de cruz inacabado, acho que a Matilde não tem mais nada feito por mim!
Aqui ficam algumas imagens :)