Lilypie Third Birthday tickers
Lilypie First Birthday tickers


25 de fevereiro de 2013

Dos filhos.

Às vezes fico a pensar se não me faltará, de facto, algum parafuso. Pergunto-me porque raio penso e desejo tão diferente da maior parte das pessoas da minha idade. Porque me sinto e sou capaz de abdicar da roupa, das viagens, do cinema, dos jantares, do tempo para mim, para ler, para ter as unhas arranjadinhas e de 1001 outras coisas, para poder ter filhos. De facto, à primeira vista faz todo o sentido que a maior parte das pessoas decida adiar esse momento o máximo de tempo possível. Até há 4 meses atrás, éramos os únicos pais no nosso grupo de amigos. A maior parte deles não pretende ter filhos nos próximos anos e alguns não sabem sequer se algum dia os terão. Nós, com 27 e 28 anos, já contamos dois filhos muito desejados e, pasmem, estamos felizes. Temos medo, é um facto. Aliás, da forma como as coisas estão, não há como não ter medo. Não sabemos o dia de amanhã e trememos, não por nós, mas ao pensar que um dia pode faltar-nos o básico para lhes dar. E não estamos propriamente rodeados de pessoas positivas... se quando tivemos o primeiro a maioria das reacções foi de surpresa e alegria, ao segundo já tivemos direito a alguns olhares recriminatórios de quem acha que já estamos a ser um bocadinho irresponsáveis. Mas seria mais correcto viver a vida inteira sem ir atrás dos nossos sonhos, por medo de tudo o que pode correr mal? Seria mais correcto fazer como a minha mãe que esperou 13 anos pelo "momento certo" para ter o segundo filho e que agora se arrepende de ter esperado tanto tempo? O meu coração responde "não" a estas perguntas, mas não consegue deixar de ficar apertadinho, por aquilo que é considerado aceitável e sensato aos olhos dos outros.

Tudo isto para dizer que gostei deste texto que saiu ontem na revista Domingo. "Constituir família é a suprema rebeldia” - é que é mesmo isto.

22 de fevereiro de 2013

Das hormonas.

Antes que as hormonas da gravidez se evaporem e eu venha para aqui dizer mal da minha vida, não posso deixar de partilhar que isto de estar grávida é mesmo fixe. Não reparei nestas coisas na gravidez da Matilde, mas o facto de ter lido algures (provavelmente num sítio pouco fidedigno) que as mulheres grávidas de rapazes podem ter que fazer a depilação mais vezes devido à testosterona, deve ter-me deixado mais alerta. Pois bem pessoas, devo dizer-vos que não faço a depilação nas pernas há MESES. Para ser honesta, nem me lembro quando foi a última vez, mas deve ter sido aí em Setembro/Outubro do ano passado, com lâmina. E para as mais cépticas que estão já a pensar "ui, deves estar linda, deves!" até me dei ao trabalho de fotografar as minhas pernocas para vos mostrar.


Para além da questão da depilação (que notei nas pernas e nas restantes partes do corpo), é de notar o cabelo que quase não cai (lavo a cabeça e penteio-me sem perder um único cabelinho), as unhas fortes e a pele com um aspecto que nunca teve. Até desodorizante deixei de usar nos últimos meses! Não é fascinante? Dá vontade de estar sempre grávida! :) Até acaba por ser intrigante, se pensarmos em termos "animais". Porque será que ficamos tão "bonitas"? Se já estamos a gerar uma "cria" não é suposto atrairmos o sexo oposto, ou é? Mais compreensível seria se estas alterações hormonais se dessem durante a ovulação! Mas isto já sou eu a divagar... Por isso já sabem, toca a fazer bebés que isto são só vantagens! ;)

21 de fevereiro de 2013

:)


Às vezes gostava de saber onde é que as pessoas vão buscar ideias tão giras e originais!

20 de fevereiro de 2013

Balanças.


Ontem, 12 dias depois de sair da maternidade, o catraio já contava com mais 440g (será que desta vez chegamos a bom porto?). Quanto a mim, dos 14kg que aumentei nesta segunda gravidez (céus!), já só falta despachar pouco mais que 5. O que não deixa de ser impressionante, visto que tenho comido que nem um alarve! :) A ver se me ponho fina a tempo do Verão, que as minhas calças de ganga têm saudades minhas ;)

Tahiti


Trouxe-mo o meu sogro da Bélgica, de uma das últimas vezes que cá esteve. Eu, que gosto de tudo o que saiba e cheire a côco, estou tão fã que até acho que tenho saído mais lavadinha da banheira, de tanto me ensaboar :)

17 de fevereiro de 2013

Mimos



Depois de alguns anos a ser constantemente internada com infecções hepáticas graves, a minha mãe tem andado bastante bem desde que foi transplantada. No entanto, na semana em que o Gonçalo nasceu ficou doente com uma pielonefrite (infecção renal). Medicada, veio do Porto para conhecer o neto, mas o antibiótico receitado não fez efeito e acabou por ter que ser internada cá, na passada quinta-feira. Achava eu que poderia fazer-lhe mais companhia estando aqui pertinho e não a 300km de distância, mas com um filho recém-nascido tem sido difícil... Ontem deixei o pai a controlar a situação, assim que chegou do trabalho, e lá consegui dar um saltinho ao Hospital. Fiz-lhe estes coquinhos que sei que ela gosta (e eu também!) e que ficaram muito bons. Deixo-vos aqui a receita, não há coisa mais simples e ficam deliciosos com o travozinho ácido do limão!

200g de coco ralado
180g de açúcar
4 ovos
2 c. sopa de manteiga derretida
2 c. sopa de sumo de limão
4 c. sopa de leite

Misturar tudo muito bem com a batedeira, distribuir o preparado por forminhas (eu usei das grandes, deu para 16, uma colher de sopa em cada uma) e levar ao forno pré-aquecido a 180º, por cerca de 30min ou até ficarem douradinhos.

Brinquedos que fazem sucesso por cá (2).




Livros de autocolantes. Podem ser para aprender palavras novas, para pintar ou com jogos variados: são entretenimento garantido. Alguns foram oferecidos por amigos (são tão mimadinhos, os nossos filhos :)), outros (como estes) vieram de casa da minha mãe e eram do meu irmão que nunca os chegou a usar, e outros ainda fomos nós que comprámos (ainda ontem lhe trouxe um do LIDL com jogos e centenas de autocolantes, por 1,99€). Às vezes brinco com ela, outras vezes passa grandes bocados a brincar e a falar sozinha "onde é este? hum? é aqui!". Dá gosto ver como é tão perfeccionista e como fica tudo muito bem coladinho :)

14 de fevereiro de 2013

E foi assim!

AVISO: Post loooongo e não aconselhável a mamãs à espera do primeiro bebé ;)

O parto deste 2º bebé foi tudo aquilo que eu não estava à espera. Não o imaginei melhor nem pior, simplesmente diferente. Na verdade, tinha apenas um desejo: não estar no hospital quando tudo começasse. Apesar das dores e do cansaço, estava disposta a esperar que fosse o Gonçalo a decidir nascer. Imaginei que, nessa altura, ficaria sossegada em casa até achar que era realmente hora de ir para o hospital e que lá tudo se passaria bastante depressa. Mas nestas coisas nós pouco mandamos e tudo acabou por ser diferente.

No dia 4 de Fevereiro tivemos a que seria a última consulta no Centro de Saúde, com a nossa médica de família. O Bruno nem sequer era para ter ido comigo, mas nesse dia chegou bastante cedo a casa e fomos os 3. Quando chegou a hora de ouvir o coração do Gonçalo, percebi que algo não estava bem e a cara da médica mostrou isso mesmo. Os batimentos estavam completamente descompassados, pareciam aos soluços e fomos imediatamente recambiados para a urgência do hospital. Deixámos a Matilde com o padrinho, fomos buscar a mala just in case e seguimos. Não sei explicar muito bem o que estava a sentir. Depois de duas gravidezes sem qualquer incidente que fosse, sem qualquer motivo de preocupação, parecia que estava a ver a cena de fora e que não estava a acontecer comigo.

Quando finalmente fui atendida e examinada, tudo parecia estar bem e o coração dele batia normalmente, mas quando me ligaram ao CTG perceberam que os batimentos estavam realmente alterados (embora ficassem normais consoante a posição em que eu estava) e que eu estava já com contracções regulares, embora sem quaisquer dores. Estive ligada cerca de uma hora até que fui novamente examinada e o médico achou que a coisa se daria durante a madrugada, que o melhor era nem me ir embora. Ainda tentei argumentar, disse que voltava passadas umas horas, que não valia a pena ficar já internada, mas perante o peremptório "não quer ficar não fica, eu dou-lhe alta e volta quando quiser" e o olhar receoso da enfermeira ao meu lado como quem diz "não faça isso", contrariada, fiquei. Naquele momento percebi se seguia a única coisa que eu não queria que acontecesse: ia ficar amarrada a uma cama, ligada ao CTG e ao soro, sem poder comer nem beber, à espera. Passei a noite inteira assim, a virar-me de um lado para o outro em busca da melhor posição para ouvir correctamente os batimentos cardíacos do Gonçalo, cheia de fome e sede, frustrada e revoltada por tudo ter saído ao contrário do que eu tinha imaginado. Segundo o que me disseram, estava com quase 4 dedos de dilatação o que me dava alguma esperança de que a coisa se desenrolasse rapidamente, mas quando pela manhã o cenário permanecia inalterado comecei a ficar desesperada. A hipótese de cesariana estava inclusive em cima da mesa, caso os batimentos cardíacos dele não normalizassem e quando as duas senhoras que estavam comigo na sala de dilatação (uma já lá estava e outra tinha chegado entretanto) foram ter os seus bebés e os ouvi chorar correram-me as lágrimas pela cara abaixo, por ainda ali estar. Parece parvo, porque eu nem sequer tinha dores, mas isso ainda me angustiava mais porque só significava que ainda nem tinha começado e eu já ali estava há tantas horas.

Finalmente, a meio da manhã, os batimentos cardíacos do Gonçalo normalizaram e voltaram a acrescentar ao soro a oxitocina, que tinham parado durante a noite. Passado algum tempo fizeram a ruptura de membranas e quando cheguei aos 5 dedos de dilatação a enfermeira disse-me que avisasse quando e se quisesse a epidural. Eu ainda estava bem e as contracções eram suportáveis. Ao 297686563º toque, o espanto: afinal o colo não estava nada apagado - pararam a oxitocina e deram-me 1/4 de comprido para dissolver na boca. Depois disto, foi tudo muito rápido: as contrações começaram finalmente a apertar e chegaram as dores - entrávamos em acção. Yes! É claro que este "yes!" rapidamente passou a um "oh, f***, não acredito que me esqueci como isto era!!" :)
Pude levantar-me (vá lá) embora sempre ligada ao CTG e usar a bola (que alívio!!) que permitiu que o Gonçalo se encaixasse melhor. A dada altura as dores ficaram cada vez mais fortes, pedi a anestesia, mas tive que esperar o que me pareceu uma eternidade para que o colo do útero finalmente ficasse apagado e para que a anestesia não parasse o processo. Cada contracção era mais dolorosa e prolongada que a anterior... eu só pensava que não aguentava mais nenhuma, mas a verdade é que aguentamos!
Quando finalmente chegou a anestesista estava com 6 (sete?) dedos de dilatação (um déjà vu!) e eu já sentia uma pressão enorme, mas calei-me caladinha. Ao contrário do que aconteceu no parto da Matilde, não cheguei a ficar sem dores e a ter uns momentos de descanso... a anestesia aliviou um bocadinho mas a dor nas costas era constante e só acalmava ligeiramente quando o Bruno (que esteve sempre comigo tirando da meia-noite às 7h da manhã) fazia muita, MUITA força nessa zona. Não deve ter passado meia hora e comecei a ter vontade de fazer força - estava na hora de passar para a sala de partos.

Lá, a primeira coisa que me disseram para fazer antes de subir para a marquesa foi colocar-me de cócoras e puxar com muita força na próxima contração. Assim que o fiz, senti nitidamente o Gonçalo a descer e a cabeça a querer sair, um ardor imenso e o pânico tomou conta de mim. Lembro de dizer (gritar?), feita parva "é a cabeça, é a cabeça!" e de pensar "não, esqueçam, pára tudo, não quero, vou-me embora!!". Lol.
Deitei-me na marquesa, levantaram as grades laterais e só tive tempo de me agarrar e ouvir ao longe algumas instruções da enfermeira - outra contracção. Ainda eu me estava a preparar para mais uma, quando senti a enfermeira rodear com os dedos a cabeça do Gonçalo para permitir que ele saísse mais facilmente. As dores foram tantas que não consegui evitar um grande grito (o Bruno tem um bocadinho de filme desta parte, tenho pena que não tenha filmado tudo!) e de pensar de seguida "não vou ficar aqui no vai não vai, é agora ou nunca!". Sabia que era uma questão de segundos e que assim que ele saísse tudo terminava, por isso investi toda a força que tinha e puxei, muito muito! Ouvi a enfermeira dizer "força, é isso mesmo, boa!" o que ainda me deu mais ganas de terminar tudo de uma vez. Senti a cabeça sair, e passados alguns segundos o corpinho dele estava todo cá fora :))) Só não me apercebi que entre a cabeça e o resto fechei as pernas!!! Ups! Na verdade, tirando estes pensamentos que me iam assaltando a mente, não me lembro de grande parte do que aconteceu... estava a modos que num transe! :)

Nasceu às 14h39 do dia 5 de Fevereiro de 2013. O pai pediu para cortar o cordão umbilical (à semelhança do que aconteceu com a irmã) e o meu bebé lindo estava finalmente em cima de mim e tudo tinha terminado! Chorou só depois de um beliscão que lhe deram, enquanto a enfermeira dizia "vá, ralha com a tua mãe, que fechou as pernas e não te deixou sair!". Depois foi para a salinha do lado onde o limparam, examinaram e pesaram (Apgar 10/10, 3385g e 51cm de gente!) e o pai vestiu-lhe a sua primeira roupinha.
Ainda na sala de partos, logo depois de a enfermeira retirar a placenta e os restos que ainda estavam dentro do útero (e de me mostrar, já que não tinha visto no nascimento da Matilde e tinha ficado curiosa), comecei a pensar no que se seguiria e perguntei-lhe se o "estrago" tinha sido muito grande. A resposta dela foi a cereja no topo do bolo: "não precisa de pontos nenhuns". :)) Depois do pós-parto da Matilde, que me custou tanto durante semanas (tanto que disse várias vezes que preferia parir outra vez!), nem queria acreditar que à segunda não teria que passar por nada disso. Ainda lhe perguntei umas duas ou três vezes se ela tinha a certeza! :)
Todos foram tremendamente atenciosos desde que fui atendida até que tivemos os dois alta e fui, sem dúvida alguma, bem melhor tratada do que na MAC. Até pode ter a ver com o facto de agora o Hospital de VFX ser gerido por uma entidade privada, mas acho que não. Se eu soubesse o que sei hoje, tinha tido lá a minha filha também!

O Bruno diz que, aos olhos dele, este 2º parto custou mais e foi mais doloroso (é possível, mas eu não consigo vê-los com clareza). A verdade é que este pós-parto compensou (e está a compensar) tudo o que possa ter ficado aquém do que eu tinha imaginado. Pude desfrutar ao máximo o meu bebé desde o primeiro dia, sem ter dores para fazer tudo e mais alguma coisa... E desde o 3º ou 4º dia que a hemorragia ficou bem ligeira, ao ponto de ser possível andar apenas com um pensinho diário. É uma diferença tão abismal, que o meu desejo é que todas as mamãs pudessem ter esta oportunidade!


E foi assim :)

12 de fevereiro de 2013

O tal amor, que se multiplica.



Às vésperas de o Gonçalo nascer sentia o coração apertadinho, num misto de ansiedade por o ter nos braços e de culpa e receio por estar prestes a chegar um bebé que iria "roubar" parte da atenção que até então tinha sido toda para a irmã.
Logo depois de ele nascer, foram algumas horas de grande ansiedade à espera que ela chegasse com o pai, para ver a reacção quando visse o mano pela primeira vez. Foi exactamente o que eu estava à espera: a um momento inicial de vergonha e "encolhimento" no colo do pai perante o novo elemento, seguiram-se vários momentos de beijinhos, festinhas e "gosto dele!". Está constantemente de roda do mano, a ver o que se passa e a enchê-lo de beijos.
Apesar de saber que um irmão só tornará a vida dela mais rica, às vezes ainda me assalta a culpa, quando quero estar com os dois ao mesmo tempo e não posso... Mas as palavras deste livro não podiam explicar melhor o que sinto: o coração cheio de amor! É incrível como pode haver tanto amor cá dentro e gostar tanto de duas pessoas pequeninas ao mesmo tempo. Estou a cada dia mais apaixonada pelos meus bebés! :)

6 de fevereiro de 2013

Cheguei! :)



Peso 3,385kg, meço 51cm e sou um giraço como a minha irmã!

4 de fevereiro de 2013

Ufa!

O Gonçalo podia ter chegado antes do previsto e cheguei a acreditar que sim, mas afinal estava enganada... e ainda bem! Depois de algumas semanas de pânico, com a roupinha dele toda por lavar e passar, com dias de chuva que dificultavam a tarefa e 1001 outras coisas para pensar e preparar... acabou por correr tudo melhor que a encomenda :) As malas estão feitas, o quarto preparado e as coisinhas que queria fazer para completar o enxoval dele estão prontas. E ainda tive tempo para fotografar tudo para a posteridade, antes que fiquem tudo cheio de nódoas de bolçado :) Enquanto seleccionava as fotografias para colocar por aqui, percebi que fiz realmente MUITA coisa... não admira que um destes dias o Bruno, quando me sentei no sofá ao pé dele, exausta e com mais uma peça terminada na mão, me tenha perguntado: "mas tu não vais parar nunca?".
Pronto, parei! (pelo menos por agora, acho que não me estou a esquecer de nada!...) E estou contente com o resultado! Para além do prazer que foi costurar coisas que sei que serão para o Gonçalo usar, soube muito bem poder sair do modo "encomendas" e voltar a escolher tecidos e padrões ao meu gosto, sem estar limitada a este ou aquele pedido. A parte mais difícil foi conter-me, que ainda ficaram ali uns quantos tecidinhos a chamar por mim! ;) Se dizem que os primeiros filhos são mais fotografados, mais mimados e privilegiados em muitas coisas, no que toca a peças feitas pela mãe cá em casa acontece o contrário. É que, à excepção de um quadro em ponto de cruz inacabado, acho que a Matilde não tem mais nada feito por mim!
Aqui ficam algumas imagens :)


 

 



 




 





2 de fevereiro de 2013

Feitiozinho.

Está constantemente de roda de nós a encher-nos de beijos. "Gosto de ti, gosto do papá, gosto do mano... gosto de todos!" Depois faz aquele ar meloso dela, agarra-se à minha barriga, enche-a de beijinhos "gosto do mano, gosto do mano". Às vezes até chateia, quando se lembra e quer vir dar beijos à barriga a meio da refeição, por exemplo, com a boca toda besuntada.
Mas depois temos o inverso: nos últimos tempos, quando amua ou nos zangamos com ela por algum motivo, cruza os braços, vira costas e diz bem alto "Pronto, já não gosto do mano!" e vai arrumar-se a um canto até se fartar ou até irmos ter com ela.
Coitadinho do mano, ainda nem nasceu e já leva por tabela!

Dias.



Estes dias têm sido muito bons. Sabe bem voltar a ter um bocadinho mais de tempo! Tempo para costurar só o que me apetece e quando me apetece, tempo para me sentir mais organizada, tempo para ir destralhando algumas partes da casa, tempo para cozinhar com prazer, tempo para brincar, desenhar, contar histórias, pintar e tempo para, inclusive, aguçar os lápis de cor todos, ficar com os dedos negros e ganhar duas grandes bolhas nos dedos da mão direita (mãe sofre!). Dá para perceber porque é que, apesar do cansaço e da ansiedade, eu não me importo que o Gonçalo se deixe ficar na barriga mais um bocadinho, não dá? :)

Coisinhas que não interessam a ninguém...

Há muito tempo que o meu congelador precisava de ser descongelado e anteontem foi o dia. Acho que nunca o tinha feito, a não ser quando mudámos para esta casa e desligámos o frigorífico. Digo-vos uma coisa: mesmo estando as 3 gavetas quase cheias, aquele congelador conseguia ter mais gelo que comida!! Tirei tudo para fora e usei a técnica da panela de água a ferver, mas mesmo assim tive que repetir o processo umas 4x e surpreendia-me sempre com a quantidade de calhaus que tirava de lá de dentro de cada vez que abria a porta. Qual degelo, qual quê! Afinal o gelo dos pólos está é a vir todo cá para casa!... Mas bom, missão cumprida. Já conseguimos abrir e fechar as gavetas novamente :)