Lilypie Third Birthday tickers
Lilypie First Birthday tickers


30 de junho de 2012

"Já passou."

Posso dizer, sem medo de estar a ser exagerada, que o mês de Junho foi o pior mês da minha vida. A selecção portuguesa já não está em jogo, o que significa que o Bruno está de volta a casa, mas a sensação de estar a viver um pesadelo ainda está bem presente em mim. Foram quase 4 semanas sozinha com a Matilde, numa terra que não é a minha. Por ter (felizmente) muito trabalho, optei por ficar, ao contrário dos outros anos, em que passei estas semanas no Porto. Pelo mesmo motivo, a minha mãe não pôde vir para junto de mim. Ironicamente, com o Bruno fora, pensava que conseguiria aproveitar os meus serões para adiantar trabalho, mas acabei por ficar com tudo completamente parado.
Passei os momentos mais assustadores da minha vida enquanto mãe, completamente sozinha em casa. Na noite em que o pai festejava o aniversário lá fora, a Matilde ficou doente com vómitos. Entre as 22h30 e as 2h30, mesmo depois de ser medicada, a febre chegou novamente aos 40º. Depois de a medicar outra vez, e enquanto fui à casa-de-banho molhar uma toalha em água para ajudar a febre a baixar, entrou em convulsões. Não consigo descrever o momento em que entrei no quarto sem começar a chorar outra vez. Contorcia-se toda, mas pensei que tivesse vomitado e que se estivesse a engasgar (o som era semelhante ao de alguém a sufocar). Virei-a de imediato para baixo e bati-lhe nas costas, mas ela continuava a contorcer-se. Tentei meter-lhe os dedos na garganta, mas a língua dela não deixava. Desesperada, abri a porta de casa e fui bater à porta dos meus vizinhos do lado aos gritos por ajuda, com a minha filha a contorcer-se encostada a mim. E enquanto os movimentos dela começavam a abrandar, eu tive a certeza que ela me ia morrer nos braços. Que a minha bebé de 2 anos morria diante dos meus olhos sem eu poder/saber fazer nada para a socorrer. Ninguém nunca vai saber o sufoco que senti, o meu pânico, o meu desespero, completamente sozinha... Até que a senti voltar a respirar. Não sei quantos minutos (segundos?) foram, mas os meus vizinhos acordaram mais ou menos na altura em que a deitava na cama e tentava perceber se ela estava consciente e o que fazer a seguir. A minha vizinha foi comigo à cruz vermelha, levaram-nos para o hospital e depois a minha sogra foi lá ter. Algumas recomendações, uma medicação para o caso de voltar a acontecer e manter a medicação sintomática. Entretanto ainda voltei com ela ao hospital passados dois dias (a minha sogra voltou comigo, porque eu sentia-me tão esgotada e doente que nem arrisquei conduzir), depois de ter passado uma noite inteira acordada, sem conseguir baixar a febre, a dar medicação de 4 em 4 horas e a torturar a minha filha com panos de água fria. Mas saí de lá com a mesma resposta: "é uma virose". Esteve doente uma semana, em casa. Eu própria acabei por ficar doente e andei uns dias a ben-u-ron (ou então era o cansaço que me fazia sentir doente). Houve quem me visse de rastos e não tenha sido capaz de me perguntar se EU estava melhor. À excepção da minha mãe, não houve uma palavra de carinho, uma palavra de ânimo... nada. É por isso que cada vez mais me convenço que estou neste fim do mundo apenas por um dois! motivos. E para além destes, não há aqui mais nada nem ninguém para mim.
Este epidódio seria mais que suficiente para justificar este meu mês de pesadelo, mas foi mais que isso. Durante 4 semanas, muitos foram os que se mostraram disponíveis para ajudar no que fosse preciso e muitos foram os que, depois, me disseram "porque é que não disseste nada??". Mas eu ia dizer o quê? Ligar para toda a gente às 3h da manhã a dizer que ia para o hospital? Não foi de gente disponível para ajudar no que eu pedisse, que senti falta. Foi de gente com sensibilidade (e à vontade! daquela que só temos com certas pessoas) suficiente para aparecer e efectivamente ajudar. Durante 4 semanas (e à excepção de uma prima do Bruno que veio cá passar a noite, para me ficar com a Matilde na manhã seguinte enquanto eu dava uma consulta) não tive uma única visita. Ninguém apareceu para me fazer um bocadinho de companhia, ninguém apareceu "olha, vou-te arrumar esta loiça" ou "olha, queres que te estenda esta roupa que está na máquina há 3 dias?" ou "queres que apanhe esta roupa que já se segura em pé de tão seca?" Durante 4 semanas não tive a porcaria de um telefonema "olha, queres vir cá almoçar/jantar connosco?" Durante 25 dias, ou seja 50 refeições, eu tive que me desenvencilhar sozinha. Não é que eu ache que alguém me deve alguma coisa, mas sendo eu uma pessoa que gosta de ter sempre gente em casa, não consigo deixar de ficar magoada. Estive uma semana com a Matilde doente em casa e ninguém me apareceu com uma panela de sopa ou com uma refeição pronta. Estive 4 semanas praticamente sozinha de manhã à noite. Nas noites em que não tinha que cuidar da minha filha doente, tinha pesadelos a noite toda. Ninguém me ligou a dizer "olha, posso ir aí buscar a Matilde para dar um passeio e para tu poderes descansar um pouco, ou organizar-te?".

Depois de tudo isto, comentários como "o tempo passa rápido" ou "não te preocupes que quando deres por ela ele já voltou" ficavam-me atravessados e só me apetecia explodir. Ou então, quando o Bruno me disse "pensei que separavas as coisas" enquanto comentava que só queria que a Selecção abandonasse o Europeu de uma vez por todas, só me apeteceu dar-lhe uma chapada virtual. Separar as coisas? Torcer pela Selecção? Please. Estranhamente, há na minha vida coisas muito mais importantes que o futebol.

Ninguém tem culpa das opções que eu tomo na minha vida, nem ninguém tem culpa dos meus infortúnios, dos meus dias. As minhas responsabilidades são minhas e de mais ninguém. Também a Matilde é nossa filha e de mais ninguém e somos nós os únicos responsáveis por cuidar dela e por aguentar o barco. Eu sei que ninguém tem culpa de ter uma vida para viver e de andar demasiado ocupado no seu dia-a-dia, para incluir pequenos gestos. Mas toda a gente sabe que ninguém é uma ilha e ninguém sobrevive só. Quem costuma acompanhar este blog, sabe que este não é um muro de lamentações, antes pelo contrário. Mas agora que o Bruno está de volta e os meus dias estão a recompor-se, não quero que este último mês se transforme apenas numa leve memória desconfortável. Embora, na realidade, nunca ninguém para além de mim vá saber como foi, senti necessidade de o colocar por escrito e partilhar. Já passou.

13 de junho de 2012

Tudo serve para alguma coisa. Eventualmente.

De há uns anos para cá, ganhei o péssimo hábito de guardar tudo. Antes de deitar fora, imagino se pode servir para alguma coisa. Se a resposta for sim, guardo. Até posso nem ter imaginado nada em concreto ou até algo sem sentido, mas guardo na mesma. De tal forma que tenho aqui gavetas cheias de coisas que tenho intenção de usar um dia. Só não sei é quando nem em quê. Há tempos uma amiga dizia que viu num programa de televisão que tudo o que não usamos há mais de 2 anos (ou eram 3?) não nos faz falta e deve ser doado ou deitado fora. Eu já pensei nisso algumas vezes... se fosse por aí poderia desfazer-me de 1/3 do que existe em minha casa, no mínimo. E de alguns móveis também, já que deixaria de precisar deles. Adiante.


Esta conversa toda para dizer que uma das coisas que guardo, são as fitinhas estreitas que vêm na roupa para pendurar nas cruzetas (que eu sou uma mulher do Norte). Estas mesmas fitinhas, são vendidas nas retrosarias a metro. Não são propriamente caras, mas no poupar é que está o ganho e são mesmo jeitosas para pequenos apontamentos :)



 

11 de junho de 2012

Hello, darling.

 


 

9 de junho de 2012

Fitinhas.

Felizmente, tenho a possibilidade de ter uma divisão da casa que se destina às "costuras". Já lhe chamámos quarto das visitas, quarto da desarrumação, escritório e, mais recentemente, "quarto da costura", à semelhança do que sempre ouvi chamar à divisão onde a minha mãe trabalhava. Acontece que este quarto pode tornar-se um autêntico caos, ao longo de um dia inteiro de trabalho. Chega o ponto em que olho à minha volta e já não sei da tesoura, já não tenho alfinetes porque estão todos espalhados, nao encontro o tecido x ou a linha da cor y. Normalmente esse momento coincide ainda com a altura em que estou a tentar despachar-me para terminar uma encomenda a tempo de a ir levar aos correios. Enfim, não é bonito.

Hoje decidi dar um jeito a uma das coisas que estão constantemente desarrumadas: as fitinhas. Basta uma breve pesquisa no google para encontrar várias ideias de organização giras. Eu optei por esta, que me pareceu ser a mais adequada às quantidades de fitas que tenho, já que compro mais frequentemente a metro que em rolos.



Comprei uma caixa gira e perguntei na loja se não tinham caixas de cartão que já não precisassem. Escolhi uma branca, recortei rectângulos à medida e depois foi "só" desembaraçar e enrolar lá as fitinhas.



A verdade verdadinha é que não sei quanto tempo é que, atabalhoada como sou, conseguirei manter "a coisa" assim bonitinha e organizada. Sobretudo porque, para uma única peça, sou capaz de experimentar umas 10 fitas diferentes até escolher. Mas pelo menos agora já consigo ter noção de tudo o que tenho e não vou perder tempo à procura daquela fita em particular!
Daqui por uns tempos, se o stock aumentar muito, sou capaz de experimentar assim, com molas da roupa em frascos de vidro. E agora vou-me embora, que já tenho os olhos em bico de enrolar metros e metros de fitas (não compro mais fitas nos próximos 2986 anos) e já chega de estar especada a olhar para dentro da caixa :)

8 de junho de 2012

Gosto muito de ti, papá!

Este ano, para além do habitual presente feito na escolinha, a Matilde ofereceu ao papá este chocolate com uma deliciosa ilustração da Ana Oliveira (que continua por encetar que é bonito demais para estragar... lol) e o livro "Gosto muito de ti, papá". Eu já tinha falado aqui do livro "Pê de Pai" do qual gosto muito, mas este é sem dúvida mais giro :) E, para ser sincera, eu acho que andaram a espiar o papá cá de casa. É que se algumas provavelmente se adaptam aos papás em geral, outras parece que foram inspiradas no exemplar que temos cá em casa :) Deixo-vos algumas das que mais gosto. O livro tem muitas outras deliciosas :)


Já vi isto em qualquer lado :)
Ikea, a quanto obrigas! Se bem que eu acho que ele até gosta :)

Desde o dia em que me mandou a criança para o infantário só de camisola e com o rabo à mostra porque lhe "parecia um vestido!" e do dia em que quase a mandou de pijama (entre outros momentos históricos)... faço questão de ser eu a escolher a roupa :)


Se não for eu a deitar as meias rotas e gastas fora, ele continua a usá-las!!

Keep calm.

Nem de propósito, a minha filha resolveu ontem fazer este lindo serviço. Trust me, o silêncio nunca, nunca, NUNCA é bom sinal. A não ser que estejam a dormir, sossego é sinónimo de asneiras. Eu é que insisto em achar que não.




7 de junho de 2012

Quase.



Perdoem-me a falta de originalidade, mas não consigo deixar de ficar fascinada com o que acontece na minha própria casa, sem às vezes eu dar por ela. A minha orquídea está de novo a dar flor. Tendo em conta a pouca atenção que dedico às minhas plantas (shame on me) e o que ouço dizer por aí ("ah e tal, são muito bonitas nas lojas, mas depois flor nunca mais"), estava convencida que não voltaria a florir. Enganei-me. As primeiras fotografias foram tiradas uns dias depois de descobrir o pézinho a nascer e entretanto já tinha duplicado de tamanho. Como é que o descobri? Estava a regá-la e a ajeitar as folhas, enquanto tentava desviar-me de "qualquer coisa" que estava no caminho. Essa "qualquer coisa" era o novo pézinho :)
Entretanto, tem crescido de dia para dia e está assim. Todas as manhãs entro na cozinha à espera de ver uma flor já aberta. Está quase :)





4 de junho de 2012

Até já*

Mais uma vez, o futebol leva-nos o papá cá de casa para fora, em trabalho, durante algumas semanas. Há 4 e há 2 anos, passei esse tempo no Porto, pelo que a coisa foi um bocadinho mais fácil menos difícil de suportar. Desta vez, felizmente, as Mimices prendem-me por cá, por isso ficamos as duas a tomar conta uma da outra. Vale-me um estado de espírito que se tem revelado mais alegre (feliz!) nos últimos meses, o sol e o calor que se têm feito sentir e o facto de não me faltar o que fazer para manter a mente sempre ocupada.Vai passar num instantinho. Não vai?

3 de junho de 2012

Antes.
Enquanto arrumava fotografias, lembrei-me que ainda não tinha mostrado o novo look que demos a uma ardósia que comprámos no Ikea (e já foi em Fevereiro!). Há meses que eu namorava este quadro, mas achava que não ficava bem na nossa cozinha e não tinha mais nenhuma divisão da casa onde fizesse sentido. Até que me lembrei que talvez o chefe o pudesse pintar de branco e lá veio ele connosco. Tenho sempre muito medo destas pinturas, porque sou muito esquisitinha e imagino sempre que vai ficar uma bodega, mas não :) No final ainda colei um bocadinho de tecido (bolinhas, of course!)... et voilà! Gosto tanto dele :) e da minha cozinha!!

Depois.