No Domingo passado, estava deitada a dar de mamar à Matilde, mais para lá que para cá e acordei com a minha vizinha do lado aos gritos, a chorar e a correr pela casa, a pedir desculpas enquanto apanhava do marido que lhe dizia "ouviste? ouviste?". Chamei a polícia, mas quando cá chegaram o espectáculo já tinha terminado e ela fingiu não se passar nada. Na rua, enquanto ela apanhava e depois, só se ouviam as comadres "ai, ela gritava tanto, ele deu-lhe tanta porrada!"
Hoje, pela hora do almoço, enquanto apanhava a roupa da corda, vejo uma vizinha parada no passeio em baixo. Tinha numa mão um copo de vidro e na outra uma garrafa de água fresca. Perguntei-me o que faria ali especada e continuei. Passados uns minutos, chegava uma cantoneira, que assim que a viu, agradeceu efusivamente a água e bebeu de seguida uns 2 ou 3 copos cheios.
Tenho uma relação de amor-ódio para com esta vizinhança. Ao mesmo tempo que odeio que toda a gente saiba da vida de toda a gente e que espreitem entre as cortinas, adoro ver os vizinhos que se cumprimentam na rua e conversam à janela, e gestos como este, de servir um copo de água fresca a quem anda a trabalhar debaixo do sol de Agosto.
Hoje, pela hora do almoço, enquanto apanhava a roupa da corda, vejo uma vizinha parada no passeio em baixo. Tinha numa mão um copo de vidro e na outra uma garrafa de água fresca. Perguntei-me o que faria ali especada e continuei. Passados uns minutos, chegava uma cantoneira, que assim que a viu, agradeceu efusivamente a água e bebeu de seguida uns 2 ou 3 copos cheios.
Tenho uma relação de amor-ódio para com esta vizinhança. Ao mesmo tempo que odeio que toda a gente saiba da vida de toda a gente e que espreitem entre as cortinas, adoro ver os vizinhos que se cumprimentam na rua e conversam à janela, e gestos como este, de servir um copo de água fresca a quem anda a trabalhar debaixo do sol de Agosto.
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