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24 de abril de 2010

11 anos

Faz hoje 11 anos que me tornei irmã. Lembro-me perfeitamente de estar com o meu pai no Hospital, à espera, de ver uma enfermeira passar com um bebé e de gritar "É este! É este!". Peguei-lhe primeiro até que o meu pai. Soube imediatamente que era ele, assim que vi o fatinho que vestia. Nas últimas semanas, ansiosa que ele nascesse, passava os dias a abrir e fechar as gavetas e a olhar para as roupinhas.
Fui filha única durante 13 anos e sentia-me a pessoa mais infeliz do mundo. Os meus pais queriam ter mais filhos, mas estavam à espera pela altura certa, à espera de ter a vida mais estabilizada. E enquanto esperaram, passaram 13 anos. Eu sonhava imensas vezes que a minha mãe estava grávida (tal como há um ano atrás sonhava imensas vezes que eu estava grávida) e adormecia outras tantas a chorar, porque não tinha um irmão. E quando já não sabia mais que argumento usar para os convencer, comecei a dizer que nunca na vida eu ia ser tia e ter sobrinhos a sério, porque não tinha nenhum irmão. Veio ao fim de 13 anos, mas veio e é, como lhe costumava dizer, o amor da minha vida.


É muito triste crescer sem irmãos. E eu sei que há filhos únicos que são felizes e não gostam que se diga isto, mas isso é porque nunca conheceram outra vida. Ter irmãos com quem partilhar momentos e histórias é das melhores coisas do mundo.

Parabéns maninho, um dia muito feliz!

3 feelings:

Helena disse...

Parabéns Vasco!!!
Dá um beijinho meu ao teu irmão Dé.



Débora disse...

Eu dou Lena :) muitos muitos :)



stories behind objects disse...

Acredito que sim.
Eu gostava de ter tido irmãos. Acho eu...
:)



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