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28 de julho de 2012

Dos "estranhos".

Quando escrevi este texto, não foi minha intenção melindrar ninguém, muito menos as pessoas que estavam longe de mim e pouco ou nada poderiam ter feito. Também não o escrevi a apelar ao sentimento, como quem diz "ai, coitadinha de mim" porque não faz parte do meu feitio. Não queria fazer ninguém sentir-se mal, não queria compaixão, não queria dar azo a grandes desenvolvimentos sobre o assunto, daí também ter desactivado os comentários. Simplesmente senti necessidade de partilhar o que tinha sido aquele último mês que terminava e achei que não fazia sentido continuar a escrever no blog omitindo aquelas semanas que tinham sido tão difíceis.
No entanto, esta blogosfera surpreende-me sempre e, desta vez, foi pela positiva (embora eu saiba que também há pessoas más a ler o que escrevo). Recebi vários e-mails e mensagens pelo facebook, de pessoas que queriam deixar uma palavra (muitas!) de carinho. Não foram mensagens de censura ou de crítica, nem mensagens de piedade, foram simplesmente mensagens de força, de ânimo! Algumas porque se identificaram em parte com a situação, outras porque quiseram dar algum alento, outras a lamentar não terem estado mais presentes (embora, como disse, o meu objectivo não tenha sido fazer ninguém sentir-se mal).
Grande parte dessas pessoas não me conhecem pessoalmente, nem eu a elas. Lemos os blogues umas das outras e na maior parte dos casos nem temos o hábito de comentar, mas vamos acompanhando estas vidas. Sabemos dos dias, sabemos dos filhos, sabemos de pequenos altos e baixos e chega uma certa altura em que sentimos que conhecemos um bocadinho aquela pessoa sem, no entanto, nunca a termos visto. E quando a vemos numa situação menos agradável sentimos necessidade de dar uma palavra de carinho. E é isto que eu acho bonito. Tenho amigas a quem faz muita confusão eu ter um blog e mostrar pedaços da minha vida a estranhos. Mas a ironia é que não são os "estranhos" que me incomodam, antes pelo contrário. Se já várias vezes tive vontade de privatizar este bocadinho, não foi por causa dos "estranhos", mas por causa de determinados conhecidos. Porque esses sim, são maldosos. Mas é porque gosto que, volta e meia, novos "estranhos" passem por cá que não privatizo o estaminé. Por isso, queridos "estranhos", gosto muito de vocês. Mesmo que não comente os vossos blogues, mesmo que nem sempre responda atempadamente, é muito bom ter-vos por cá! Obrigada por todo esse carinho anónimo :)

4 feelings:

Sónia disse...

Passas-te um mês terrível mesmo, para além da distancia a tua princesa esteve doente e isso de tudo é o pior :( Sei o que é estarmos sozinhas com os filhos, sei como é complicado e como o medo nos assola!
Mas também sei que o que não nos mata torna-nos mais fortes, e é nessas alturas que vemos de que fibra somos feitas e quem são na verdade as pessoas que nos rodeiam.
Ficaste a saber com quem podes e não podes contar.
Espero que não voltes a passar pelo mesmo nem que a tua princesa volte a ficar assim doente.
Beijinho grande e força que o caminho é em frente :)



Dulce disse...

Eu não escrevi nada, mas senti muito aquele teu texto. Sou uma estranha que gosta muito de ti! Lembras-te daquela altura em que combinámos que nos íamos escrever como antigamente se fazia, sem ser por mail? Desculpa-me, mas já não sei fazer isso. A net está tão mais à mão! Falhei contigo aí também, mas continuo a dizer: gosto de ti. E com esta me vou: trabalhar!



Raquel Úria disse...

É isso. Mesmo. **



R. disse...

E olha... sou uma estranha aqui chegada por acaso e que não pode deixar de dizer-te que... podia ter sido ela a escrever este texto. Beijinho*



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