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22 de dezembro de 2010

Crescer

Lembro-me de ver os meus primos, em pequenos (agora estão uns matulões, giros que eu sei lá), a abrir os presentes de Natal. A alegria de receber um presente era rapidamente substituída pela ansiedade de abrir o próximo. Um e outro e mais outro, todos seguidos, sem respirar. Quando os embrulhos continham roupa, eram olhados com desdém e literalmente atirados para tras das costas ou para o colo dos pais seguido de um "oh, é roupa" com desprezo, como quem diz "eia, que nojo". Lembro-me desse Natal como se fosse hoje, de ficar assustada com o número de presentes que eles já tinham aberto e que ainda iam abrir e, sobretudo, das suas caras de desprezo para com alguns deles.
E esta conversa dava pano para mangas mas vem a propósito de um presente que eu e o Bruno recebemos ontem de uma tia. Um capaz de Natal. Cheio de coisas boas e de coisas que são essenciais. É quando crescemos que entramos no mundo das pessoas que não se importam e até gostam de receber um capaz de Natal. Já não ligamos a brinquedos e quem nos dera 1000 embrulhos cheios de roupa mas abdicamos daquele casaco fashion ou daquele vestido lindo e aquelas botas fantásticas, para comprar outras coisas que são mais importantes ou, sei lá, talvez acabar de pagar uma cozinha. Acontece mais ou menos pela mesma altura em que quando pensamos em ir ao cinema somamos o gasóleo, os bilhetes e as pipocas e, contas feitas, decidimos que preferimos comprar umas mesinhas de cabeceira. Quando nos tornamos pessoas que têm contas e mais contas para pagar. Quando nos tornamos pessoas aborrecidas que gastam mais de uma centena de euros de cada vez que vão ao supermercado (e somos só três!!)... começamos a gostar de receber cabazes de Natal :)

E não, não estamos a passar fome! Graças a Deus não nos falta nada. Esta casa até pode fazer eco pelas divisões que ainda estão vazias, mas não há nem um cm2 que não esteja cheiinho de amor. Simplesmente, gostámos mesmo! Ainda por cima vinha numa cesta tão bonita :)

5 feelings:

Flávia Leitão disse...

Boa!!!!
Eu sonho em receber um cabaz de Natal!
Bem os vejo nas lojas, com aquele papel de plástico amarelo a brilhar!
E eu pergunto-me sempre que coisas boas estarão lá dentro!
Sim quando crescemos, sabe-nos muito bem, a roupa, o cabaz, a camisola interior! Só pensamos: "já estou a poupar!"

Feliz Natal para todos, e que a vida vos traga muitos e muitos cabazes de coisas boas!!!



Débora disse...

Obrigada Flávia :) cabazes de coisas boas para vocês também!



Euzinha disse...

Cá em casa também pensamos assim! Às vezes preferimos comprar coisas que realmente precisamos para a casa, em vez de comprarmos roupa ou algo que podemos comprar mais tarde. E apesar de algumas pessoas não entenderem este pensamento e acharem que um presente tyem de ser algo muito caro, para mim, o que interessa é que seja dado de coração em primeiro lugar e algo que estejamos a precisar.
Um feliz Natal, cheio de coisas boas e muita alegria, paz e amor!



Grey´s disse...

Como eu te entendo, quando crescemos e temos responsabilidades é que damos valor às coisas mais básicas.
Vemos e revemos quais são as nossas reais prioridades.
Também recebi um cabaz lá no trabalho, e era bem bom, que venham mais!

beijinhos e um santo Natal para vocês.



..carlix.. disse...

Nós optámos por oferecer às duas famílias que vamos presentear, um cabaz. Não estará recheado de coisas muito boas, mas tem alguns petiscos e outros bens essenciais. Em vez de 4 ou 5 presentes para cada casa, um cabaz com coisinhas para cada um. É prático, útil e traz sempre consigo a lição do "bem material". E eu tb recebia sempre roupa e objectos patetas para colocar no móvel. As roupas eu namorava-as o tempo que podia (lol), os objectos arranja maneira de me livrar deles! Já crescida, a minha tia em vez me dar algo útil para a casa, despachou para mim um prato que tinha com o pai natal... só me apeteceu rir... Digo eu...



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